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A área doadora é muito importante para a cirurgia de transplante capilar. Na década de 50 o Dr. Norman Orentreich descobriu que os fios da parte posterior e lateral da cabeça eram imunes à queda e que, quanto transferidos para outra região, mantinham essa característica. Essa descoberta é a base do transplante de cabelos e a região posterios e lateral da cabeça é chamada de área doadora (AD). |
Foto área doadora |
Você pode observar abaixo na classificação de calvície masculina que, mesmo em graus mais avançados como o VI e VII, os fios desta região não são perdidos.
Classificação de calvície masculina |
A área doadora varia em característica entre os pacientes. Com relação à qualidade dos fios, os mesmos podem ser finos, espessos, lisos, encaracolados, grisalhos.
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Marcação da linha anterior |
Área doadora (clássica) |
Área doadora Fios longos |
De uma maneira geral, os fios mais finos dão menos densidades à área calva quando transplantados que os fios grossos. O mesmo acontece com os fios encaracolados, que dão uma sensação de densidade maior, por se interporem uns aos outros, que os fios lisos.
Em resumo, o transplante de um mesmo número de fios pode levar a resultados diferentes de acordo com o tipo de fio do paciente. Embora isso seja observado em relação à densidade, a naturalidade pode ser obtida em todos os tipos de fios.
Densidade
A densidade, ou seja, o número de fios por centímetro quadrado, também é um importante fator no transplante capilar. Quanto maior a densidade, maior o número de fios que podem ser obtidos para o transplante. Foto área rarefeita e foto área com boa densidade.
A densidade pode ser aferida no pré-operatório por uma medida chamada densitometria.
Um aparelho permite a visualização com aumento de um centímetro quadrado. A partir daí, obtém-se uma foto e a contagem do número de fios pode ser realizada.
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Foto do Cabelo |
Foto do Aparelho Densitômetro |
Não é necessária a realização de densitometria em todos os pacientes, mas, em casos selecionados, pode dar uma idéia do número de fios que serão obtidos.
O tamanho da faixa doadora
A faixa doadora é retirada por uma incisão que pode ir do pólo superior de uma orelha à outra, passando pela parte de trás da cabeça. Essa extensão pode, em alguns casos, passar dos 30 centímetros. A largura desta faixa varia de um a dois centímetros a depender da elasticidade do couro cabeludo no local. O preparo de uma faixa dessas dimensões em unidades foliculares requer uma equipe especializada, numerosa e experiente. Figura do desenha área doadora
Os fios desta área podem ser raspados e implantados bem curtos ou podem ser transplantados já longos, como na técnica de preview long hair . Foto área doadora clássica e com fios longos.
Após a retirada, a área doadora é fechada com pontos, ou seja, as bordas da incisão são unidas e não fica nenhum espaço sem cabelos nesta área. Os pontos são cobertos pelos cabelos remanescentes.
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Marcação área doadora |
Fechamento |
Cobertura pontos |
Cicatriz
No local da incisão resultará uma fina cicatriz que o próprio cabelo cobrirá.
- Cicatriz longo prazo (02 exemplos)
- Veja o filme no You Tube
Novas doações
Após alguns meses, a área doadora adquire elasticidade novamente e pode fazer uma nova doação para uma segunda ou terceira cirurgia de transplante capilar. Nesta ocasião, será utilizada a mesma incisão prévia, retirando-se os cabelos logo acima ou logo abaixo da cicatriz da primeira cirurgia. Pra que isto seja possível, é necessário que a primeira cirurgia tenha sido bem feita e que o fechamento da área doadora tenha sido correto, para evitar tensão ou fibrose (cicatrizes internas) que prejudicam uma nova cirurgia.
Normalmente indicamos um exercício que auxilia no aumento da elasticidade do couro cabeludo, principalmente nos pacientes que apresentam cicatrizes de outras cirurgias anteriores.
Problemas na área doadora
Para que a retirada e fechamento da área doadora ocorram sem problemas, é necessário que o cirurgião tenha experiência suficiente para:
- evitar problemas de cicatrização, normalmente associados com retiradas inadequadas;
- calcular a área correta para evitar retirar mais que o necessário, causando um desperdício de fios;
- fechar com uma sutura delicada e adequada que não danifique os folículos remanescentes;
- encontrar saídas para áreas que estão prejudicadas por cirurgias anteriores;
- identificar doenças que prejudiquem uma doação.
Como somos uma clínica de referência em transplante capilar recebemos todas as semanas pacientes que apresentam problemas na sua área doadora. Abaixo alguns exemplos:
- cicatriz alargada por retirada excessiva anterior. Foto cicatriz alargada
- cicatrizes de punches que danificam a área para uma nova retirada. foto área doadora com punches
- doenças do couro cabeludo que devem ser diagnosticadas e tratadas antes de qualquer cirurgia.
- cicatrizes mal posicionadas e irregulares. Cicatriz torta