No transplante capilar convencional (também conhecido como técnica clássica, Strip ou FUT)
uma faixa de couro cabeludo é retirada e dividida em unidades foliculares por técnicas munidas de microscópios apropriados.
No Follicular Unit Extraction (FUE), não é realizada a incisão para a retirada da área doadora, logo não há cortes e não existe a cicatriz linear presente na técnica clássica.
O princípio do Follicular Unit Extraction (FUE) é relativamente simples: o cirurgião retira as unidades foliculares uma a uma da área doadora. Para isto, utilizando um micropunch que pode variar em média de 0,7 a 1,2 milímetros faz uma pequena incisão ao redor da unidade folicular e aprofunda na mesma direção de nascimento do pelo, para evitar a transecção, soltando-a da pele do couro cabeludo. Após isto, com uma pinça de microcirurgia retira cuidadosamente uma a uma as unidades foliculares. Todo o procedimento é realizado com lentes de aumento.
![]() |
|
Incisão e retirada da unidade folicular intacta |
![]()
|
Desenho esquemático da retirada de unidades foliculares pelo método FUE |
Como o orifício gerado é muito pequeno, geralmente menor que um milímetro, a cicatrização é muito rápida, não há a necessidade de pontos e praticamente não se vê a cicatriz resultante. Esta é uma das principais vantagens do Follicular Unit Extraction (FUE), a possibilidade de o paciente usar o cabelo no estilo raspado se houver desejo, pois não há uma cicatriz linear visível e as múltiplas cicatrizes circulares de menos de um milímetro são muito discretas para serem percebidas.
![]() |
|||
Aspecto no primeiro dia após uma megasessão de F.U.E. Observar as incisões com menos de um milímetro | Aspecto da cicatrização completa após 15 dias, permitindo que o paciente use o cabelo com corte à máquina | À esquerda um exemplo das cicatrizes puntiformes que mal se percebem e à direita um close-up com setas indicando algumas das cicatrizes. |
Por seu caráter minimamente invasivo, atualmente o FUE é a técnica de transplante capilar que mais cresce no mundo. O Gráfico abaixo, com dados da ISHRS, mostra a tendência na última década do Strip (técnica clássica) e do FUE, mostrando uma tendência em que em um futuro próximo o FUE tende a superar a técnica clássica em número de procedimentos realizados.
![]()
|
PIONEIRISMO NO BRASIL E DESTAQUE INTERNACIONAL EM FUE:
O FUE é uma técnica que não é dominada por todos e que requer grande habilidade manual para dominá-la. O Dr. Márcio Crisóstomo percebeu que a técnica FUE teria papel importante no futuro transplante capilar e começou a especializar-se no assunto há vários anos e foi um dos primeiros cirurgiões a realizar e defender o FUE no Brasil.
O Dr. Márcio Crisóstomo participou dos principais congressos de transplante capilar nos últimos anos, a maioria como palestrante convidado, como pode ser conferido nos links de agendas científica deste e dos anos anteriores 2010, 2011, 2012 e 2013 . Durante esses eventos, dedicou especial atenção aos workshops de especialização e aperfeiçoamento em FUE.
Cirurgia demonstrativa de FUE no Serviço do Prof. Ivo Pitanguy:
O Dr. Márcio Crisóstomo, realizou a primeira cirurgia demonstrativa de FUE ao vivo realizada no Brasil, a convite do Serviço do Prof. Ivo Pitanguy.
![]()
|
Dr. Márcio demonstrando a técnica FUE no Centro Cirúrgico do Serviço do Prof. Ivo Pitanguy, na primeira demonstração cirúrgica ao vivo da técnica FUE no Brasil. |
Criação do FUE RESEARCH COMMITTEE (comitê de pesquisa em FUE) da ISHRS:
Com o visível crescimento da técnica FUE, a ISHRS (Sociedade Internacional de Transplante Capilar) criou em 2012 um comitê reunindo alguns dos mais conceituados experts no assunto para pesquisar, desenvolver e divulgar no meio médico e entre os pacientes a técnica FUE.
O FUE Research Committee teve o seu primeiro encontro oficial de fundação no congresso anual nas Bahamas, em 2012. Este é o mais importante comitê do mundo para pesquisa e desenvolvimento do FUE.
Entre os 17 membros fundadores de países como Estados unidos, Austrália, Israel, Bélgica e Espanha, o Dr. Márcio Crisóstomo foi o único cirurgião convidado da América Latina a participar como membro fundador, um reconhecimento ao pioneirismo no Brasil e à dedicação ao FUE, especialmente no desenvolvimento das técnicas combinadas.
![]() |
|
Reunião de fundação do FUE Research Committee, com todos os membros fundadores (Bahamas, 2012) |
Reunião do FUE Research Committee, com José Lorenzo, Jean Devroye, Parsa Mohebi, Bijan Feriduni, Alex Ginzburg e Jim Harris (Madrid / Espanha, 2013) |
Comunicação oficial da ISHRS da fundação do Comitê de Pesquisa em FUE com a relação dos membros fundadores
Clique para ampliar
Existe muita divulgação sobre o FUE mas, como toda técnica cirúrgica, esta tem suas indicações bem específicas e não se aplica a todos os casos de calvície. Vamos analisar de forma pessoal algumas vantagens e desvantagens do FUE em relação à técnica clássica.
Indicações do FUE:
Inicialmente indicávamos a técnica FUE apenas para casos pequenos ou moderados de calvície, porém, com a possibilidade de realizar megasessões de FUE, em pacientes selecionados indicamos este método inclusive para calvícies mais avançadas.
Contudo, a avaliação individual é fundamental e fatores como densidade e qualidade da área doadora; expectativa individual e objetivos do paciente; área calva entre outros, devem ser levados em consideração para a indicação da melhor técnica cirúrgica.
“Acredito que o especialista em transplante capilar deve dominar todas as técnicas para oferecer ao paciente uma solução adequada e individualizada ao seu caso. Não há uma técnica que seja ideal para todos os pacientes, tanto o FUE como a Técnica Clássica têm suas indicações bem precisas, limitações, vantagens e desvantagens e muitas vezes o ideal para o paciente pode ser a combinação de procedimentos.” |
|
Dr. Márcio Crisóstomo |
Entrevista: Vídeo com o Especialista em Transplante Capilar Dr. Márcio Crisóstomo - Nova técnica no tratamento da calvície - Fue( Follicular Unit Extraction)
1ª Parte
Duranção: 18min 06seg
2ª Parte
Duração: 12min 45seg
LIVRO: Cirurgia Plástica - Uma Visão da Sua Amplitude
"O dr. Márcio Crisóstomo escreveu sobre a Técnica FUE no último livro de cirurgia plástica publicado pelo Prof. Ivo Pitanguy.
"O dr. Márcio Crisóstomo é o único cirurgião Brasileiro convidado a escrever um capítulo no primeiro grande livro do mundo sobre a Técnica FUE."
RESULTADOS:
Resultados de cirurgias realizadas pelo Dr. Márcio Crisóstomo pela técnica FUE, assim como pelas técnicas Clássica e Combinada Untouched Strip (FUE + Clássica) podem ser visualizados na página RESULTADOS